Paulo Zifum
-Fulano é pura emoção!
Deus nos fez cheios de sentidos, logo, somos seres com possibilidades incontáveis de combinações entre tato, visão, audição, olfato e paladar. Os cruzamentos de dados em nossa memória podem analisar algo com precisão ou criar muita confusão.
Nossas reações quanto ao que ouvimos e vemos podem ser instantâneas ou lentas, podem ser sensatas e salvadoras ou tolas e perigosas. Uma das reações mais danosas ocorre quando falamos. Normalmente a maioria reage com a língua e, é nessa forma que as emoções mais descontroladas se tornam públicas.
Deus nos criou para reagir às provocações, mas não “jogando contra” ao bom juízo. O pecado surgiu quando Adão e Eva resolveram reagir por “pura emoção”, sem nada questionar pela razão simples. O pecado é uma reação suicida.
Esse “instinto” tornou-se “terreno, animal e diabólico” (Tg.3.15). Quem nunca se deixou induzir por uma emoção de vaidade ou de ira? Quem nunca caiu numa tristeza prendendo-se a uma pequeno dó de si? Quem nunca fez um juízo equivocado de outro criando preconceitos? Quem nunca sentiu a tentação de abandonar alguém com instinto de vingança? Quem nunca quis ser como um deus?
Todos os seres humanos estão condenados a essa condição carnal, mas o Evangelho mostra a saída para os que sonham pela liberdade desse ditame. Em Jesus, o homem perfeito, o homem equilibrado, podemos alcançar a capacidade de “fazer um azorrague de cordéis e expulsar a todos fora do templo” (Jo.2.15). Jesus tinha temperança tal que era capaz de, ao ser ferido numa face, dar a outra. Ele não era “pura emoção”, mas cheio de graça e verdade, cheio de sentimento guiado pela razão.
Se você é do tipo “maria vai com qualquer banda”, “dança conforme a música”, “acredita em tudo que diz”, então, precisa urgente do Salvador, antes que suas reações te levem todos os dias “para fora do jardim”.