Paulo Zifum
Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem,
mas seja um exemplo para os fiéis na palavra,
no procedimento, no amor, na fé e na pureza.
1 Timóteo 4:12.
O apóstolo Paulo foi o mentor de um jovem chamado Timóteo (At.16.1-3). Timóteo, que auxiliou Paulo em suas viagens missionárias, tornou-se um proeminente líder da Igreja. Timóteo, sendo jovem, com um temperamento tímido (2Tm.1.6-8) e a saúde um pouco fraca (1Tm.5.23), precisava de ser encorajado pelo apóstolo Paulo. Por isso, Paulo escreveu cartas para esse valoroso jovem.
Nessa cartas de instruções e encorajamento, destacamos o texto selecionado acima para tratar duas lições: a importância de valorizar os jovens e o esforço que todo jovem deve fazer para mostrar valor.
VALORIZE OS JOVENS (adultos positivos estimulam)
Paulo reconhece que o preconceito era uma realidade e que algumas pessoas tinham dificuldade de aceitar e respeitar a liderança de um bispo jovem. Portanto, orienta Timóteo a posicionar-se de modo que nao tenha “do que se envergonhar” (2Tm.2.15). E quando Paulo diz “ninguém o despreze”, está dando ao jovem seu apoio, pois Paulo mostrava constante admiração e confiança no jovem Timóteo. Os adultos, muitas vezes, são induzidos a desprezar os jovens por sua aparência e falta de experiência. Um exemplo clássico se deu com Jessé que, não fez questão de chamar Davi, o filho mais moço para apresentar-se ao profeta Samuel, e é muito provável que, mesmo que fosse chamado, Samuel o desprezasse devido a aparência dos irmãos mais velhos (1Sm.16.6). Davi foi desprezado por seu irmão Eliabe (1Sm.17.28-29). Mas “o Senhor não vê como vê o homem” (1Sm.1.7), e Paulo atentou para testemunho daquele jovem e viu “como vê o Senhor” e acreditou que aquele rapaz se tornaria um grande líder da Igreja. Não desprezar é ver o potencial daquilo que um jovem pode se tornar.
MOSTRE VALOR (jovens ativos se esforçam)
Ao tratar sobre posturas corretas com Timóteo, para insiste que esse se esforce para que “seu progresso seja evidente a todos” (1Tm.4.15). A preocupação de Paulo era que Timóteo se retraísse que parasse de crescer como muitos jovens que caíam na mediocridade. A vontade de Deus é que os postos de responsabilidade, conselho e liderança sejam assumidos pelos jovens. Mas, alguns sofrem com a timidez e falta-lhes coragem para enfrentar os desafios gigantes impostos pela vida social. Por isso, Paulo insiste em dizer que “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder” (2Tm.1.7). Esse encorajamento para os jovens nos lembra quando Davi, sendo tão jovem incapaz de usar uma armadura, decidiu enfrentar Golias.
Os jovens podem desprezar a si mesmos com timidez e baixa autoestima. O “ninguém despreze” inclui o próprio jovem que pode se esquivar e fugir de seu papel social. Embora um jovem não deva ser sobrecarregado, esse pode apresentar-se, alistando-se como fez Davi (1Sm.17.32-17), não deixando ser considerado um “café com leite”. Infelizmente, alguns jovens atraem desprezo pela vida indolente, indiferente e egoísta que vivem, mas os jovens cristãos seguem a direção dada pela Palavra de Deus.
Para que ninguém despreze a juventude, Paulo orienta que os jovens tornem typos para os fiéis. Essa expressão grega usada por Paulo em 1Tm.4.12 significa padrão a ser seguido, um modelo para todos, de modo que o jovem obtenha respeito pelo comportamento exemplar. E para ser mais prático possível, Paulo elenca as áreas essenciais onde a sociedade precisa de typos: na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza. Jovens com linguagem sábia e sadia, são elogiados. O comportamento ético com pessoas, horários e dinheiro confere autoridade. Uma postura diaconal mostra amor ao servir e respeitar. Jovens que sabem orar invocando o socorro divino ou confiando na intervenção de Deus são notórios. E, Paulo termina sua lista dizendo que os jovens que vivem com boa consciência moral, sem nada a esconder, oferecem testemunho exemplar num mundo cheio de imoralidade.
Concluímos que a vontade de Deus é que os adultos sejam encorajadores, entendendo as deficiências dos jovens. E que os jovens aceitem os desafios de crescer em “estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lc.2.52).