DIFAMAÇÃO E CANCELAMENTO

Aventuras na História · O clássico trash do século 20 que deu origem a um  dos maiores memes da internet

Paulo Zifum

A diferença entre calúnia e difamação é que calúnia é sempre uma mentira e a difamação pode ser a divulgação de um fato. A difamação intenciona destruir o que restou da reputação de uma pessoa, aproveitando qualquer manifestação de seus defeitos para denegrir sua imagem. Calúnia seria selecionar a expressão negativa “denegrir” que acabei de usar para me acusar de racismo, difamação seria selecionar todos os erros de português de meus textos, publicá-los ressaltando minha mediocridade linguística. Esse tipo de ação nada se relaciona com correção porque é um ato covarde de espalhar fatos e notícias sem a mínima empatia com a pessoa envolvida. Os jornais fazem isso massivamente quando descobrem algo negativo sem o menor interesse que o alvo seja redimido. Hoje a difamação recebeu uma variante chamada “cancelamento”, que é um meio de destruir uma reputação por causa de uma falha. Não há compaixão, há uma execução. Esse tipo de juízo é um pecado que pode ser cometido contra pessoas ou provisão das coisas que, no final, tenta colocar a Deus no banco dos réus. A difamação feita contra pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus (Tg.3.9) e contra suas provisões significam rompimento com Ele.

Essa compreensão pode ser percebida em Gn.3 quando Adão, falando a verdade difamou sua esposa ao enfatizar o erro dela e, por consequente, de Deus. E entre os muitos casos narrados na Bíblia como de Cam, filho de Noé (Gn.9.2-25), temos em Nm.12 um dos mais esclarecedores sobre o pecado da difamação. Nesse texto temos uma ação coletiva de dez fontes de informação que falaram verdades sobre a parte negativa e perigosa de Canaã, induzindo todo o povo ao pânico e desestabilizando toda a nação. Ao observarmos, podemos perceber que, difamar pessoas e coisas providenciadas por Deus é o mesmo que difamar o próprio Deus. Todo pecado da criatura é dirigido contra o Criador.

Posso ter insatisfação com minha aparência ou condição física e comentar minhas limitações, mas quando falo constantemente disso, difamo aquele que me criou. Um filho pode ter suas queixas quanto ao comportamento dos pais, mas divulgar defeitos domésticos para reivindicar liberdade ou se vitimizar é uma forma de dizer “por que nasci nesse lar?”. É possível comentar os defeitos de sua família, igreja, cidade ou país, mas quando isso é feito repetidas vezes de formas variadas, é difamação.

A ordem, portanto, não é apenas “não darás falso testemunho” (Ex.20.16), mas também colocar o próximo na melhor luz possível no exemplo da uma esposa que bondosamente ressalta as poucas virtudes de seu marido, evitando comentar seus defeitos. É não falar mal dos locais que se frequenta, por mais que o mundo tenha essa cultura (Rm.12.2). Pois, aqueles que foram alcançados pela Graça que educa (Tt.2.11) desenvolvem uma forma positiva de falar, e quando nada podem dizer que seja elogiável, optam por falar nada dizer como fez o arcanjo Miguel que, “quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele” (Jd.9).

E, embora a prática de falar coisas boas não seja natural, porque desde Adão há um tremedal de lama (Sl.40.2-3) onde a maldade, a inveja e a ira impulsionam a comunicação, hoje, em Jesus Cristo, há redenção. Os que nele creem, são ensinados a usar o poder da língua para semear esperança e vida (Pv.17.27), dando aos pecadores a tão necessária segunda chance que Deus nos oferece todos os dias pela manhã (Lm.3.22-23). Sendo a difamação e o cancelamento uma retribuição sem misericórdia, os cristãos insistem no dever de colocar o próximo na melhor luz possível.

A SOLIDÃO DOS EGOÍSTAS

Egoísmo: Outro Veneno Da Alma • Psico.Online | MeuPsicoOnline.com.br

Paulo Zifum

O egoísmo faz parte da vida. Quem nunca foi? E quem garante que não está sendo? Se até o amor de mãe pode ter um corte negativo, quem pode dizer que não está misturado? Todos precisamos vigiar porque nossa natureza caída dificilmente declara que tem demais para si. Quando temos o suficiente, somos tentados a ficar quietos dizendo não ter de sobra para ajudar os necessitados. Eu me esforço para repartir as tristezas alheias e me envolvo com os problemas de muita gente, porém, “embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga.” (1Co,4.3-4). Sinto um fio de egoísmo passando em mim. Peço que ele me livre desse pecado.

E não ser uma pessoa egoísta é um grande livramento para a alma, porque os egoístas experimentarão a solidão de diversas formas. Os egoístas podem se juntar e criar um grupo de amigos, mas nunca desfrutarão da verdadeira comunhão e solidariedade que une a humanidade. O egoísmo cria uma espécie de solidão por vezes não sentida, como uma doença silenciosa. A pessoa está lá, rindo e desejando que sua vida faça sentido, mas como seria possível se tudo que faz é para si mesma?

E pode demorar, mas as fixações egoístas de guardar, desfrutar e comer só para si, trarão sua conta a pagar, um dia. E, sem perceber, a solidão se materializa nos espaços vazios das conversas. Essa solidão não será por falta de se ter quem o ame, mas pela incapacidade de amar. Felizes os que escapam desse mal, porque, até no inferno os egoístas não terão amigos.

USO APROPRIADO

Mensagem Do Dia – O Homem E A Natureza

Paulo Zifum

Usamos o tempo, o corpo, os dons, as pessoas, os animais e as coisas, sob o risco de sermos inadequados no uso até quando não usamos. A forma utilitária, pródiga, negligente ou até maldosa no uso dos bens é um corte do pecado que atinge a todos, uns mais outro menos. O desafio da vida é usar bem as bençãos que se tem.

O tempo
O bom uso do tempo está em observar as oportunidades e aproveitá-las. Perdemos boa parte de nosso precioso tempos por ignorância, distração ou arrogância. O cálculo do “farei o que desejo agora e depois farei aquilo” nem sempre é revisado e preciso, ocasionando erros cujos transtornos e retrabalhos podem custar a vida toda. Uma das formas de usar apropriadamente o tempo é estar onde se está, terminar com honra (mesmo que sem mérito) o que se inicia e não tratar pessoas e tarefas pelo mínimo esforço. Ou seja, trabalhe no horário de trabalho e descanse no momento de descanso, encontre com as pessoas e as honre com atenção devida, valorize o lugar que te supre com sustento, ao começar algo lembre que sua honra e seu nome serão empenhados nisso, ao dar sua palavra a cumpra mesmo com dano próprio. Fazendo assim, o risco de depserdiçar o tempo será menor. Mesmo que precise interromper algo bom, retome e conclua. Com isso, não se quer dizer para seguir até o fim todas as coisas, pois todos tomamos rumos dos quais precisamos nos arrepender e há contingências que nos forçam a desistir. Caso precise voltar atrás, se desculpe e, se preciso for, indenize para escapar do laço. E como todas as coisas normalmente envolvem as pessoas, o trato cordial, cumprimento adequado, gratidão e prestação de serviço são sementes que, uma vez lançadas, darão frutos no tempo certo. Alguns, depois de perceberem que foram negligentes com parentes e amigos, se esforçam tardiamente para consertar, mas, nem sempre o tempo lhes é favorável.

O corpo
Não é possível retardar o envelhecimento, mas podemos acelerar. Estudos mostram como a carência de água, de determinados nutrientes e do devido descanso podem reduzir a qualidade de vida, por consequência abreviar o tempo de nossas capacidades. Um jovem pode não sentir nada depois fazer extravagâncias porque o corpo nem sempre manda recados. O risco é real quando ocorre um enfrentamento de uma enfermidade, pois se dissipou suas resistências com uma vida desregrada sem horários. Quanto ao prazer, é sabido que parte de nossa saúde está na liberação de endorfina (qualquer peptídeo de um grupo de proteínas de grande poder analgésico que estão presentes em estado natural no cérebro; endomorfina). Ao fazer exercício físico, comer chocolate 70% cacau, rir com saudável alegria, praticar a gratidão, relembrar bons momentos, fazer planos para o futuro e, principalmente, causar bem-estar às pessoas, nosso corpo experimenta uma chuva desse bem-estar. Manter o peso nem sempre é possível devido às contingências da vida, mas largar o cuidado e se expôr a riscos, não sábio. E, embora o cuidado com a saúde possa ter pontos relativos, o básico é o mesmo para todos.

Os dons
A expressão “não desperdice seus talentos” está ligada ao uso de tempo. Deus concedeu a cada pessoa um potencial para desenvolver seus dons naturais e, segundo Jesus, haverá uma prestação de contas no final. E todos que usaram seus dons para o bem coletivo, será recompensado. Os que agenciam seus dons para o amor não serão envergonhados.

As pessoas
As contingências da separação ou a certeza da morte fazem com que nossos relacionamentos sejam únicos. O tempo vai passando e todas as relações humana sofrem mudanças. Aqueles que aproveitam o tempo vivendo o momento centrado nas pessoas, não irão se arrepender. Casais que usam o tempo para reafirmar o amor com elogios e gestos de interesse, perdem menos tempo com brigas e suspeitas. Pais podem trabalhar o dia inteiro, mas podem tornar mágico o momento de colocar os filhos para dormir. Filhos adultos que, antes dos pais envelhecerem, começam o comunicar gratidão e declarar que cuidarão deles quando ficarem velhos, tendem a viver melhor a relação. Esses, no velório chorarão um misto de saudade e gratidão, enquanto muitos lamentarão. Vamos morrer e o amor é o único sentimento que fará sentido quando tudo se acabar.

O restante da Criação
Deus criou os bichos para nossa alegria. Depois da Queda, essa relação foi alterada tanto pelas ameaças mútuas quanto pela necessidade de sobrevivência. O ser humano pode vivenciar um estranhamento com os bichos em circunstâncias razoáveis, mas esses são amorais, atendem a instintos apenas. O ser humano, sendo moral, pode praticar maus tratos com os bichos, cometendo injustiça e danificando o equilíbrio do mundo criado. E, entenda-se maus tratos o ato injustificável como espancamento, cárcere sem cuidado ou caça extintora. De semelhante modo, os atos contra o restante da natureza (terra, ar, plantas, água), tem efeitos colaterais, alguns até desconhecidos, que ameaçam a vida coletiva por gerações. O uso consciente do que Deus concedeu permitirá uma vida mais agradável.

As coisas
O uso dos bens materiais pode ser inteligente ou não, e o desperdício com os recursos podem não ser renováveis. A terra Deus deu à humanidade como um bem precioso. A produção de bens requer tempo e, como o ser humano não tem todo o tempo que gostaria deve decicar-se a produzir coisas úteis e de qualidade. O mundo gasta muito tempo com porcarias. Quantas festas gastam o desnecessário em torno de vaidade inúteis. Quanto alimento é jogado fora. Quantos bens são guardados e se deterioram sem uso enquanto poderiam ser bem utilizados por quem precisa.

SOBE HUMILDE, DESCE SOBERBO

Paulo Zifum

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Pv.16.18
A humildade precede a honra. Pv.15.33

O gráfico da vida
ao ser analisado
pode, em parte,
ser explicado

O jeito humilde de Saul
Foi a razão de sua escolha
Mas o rei perdeu o jeito

O fracasso na vida
ao ser observado
muito, quase todo,
é fruto do pecado

O jeito humilde de Davi
Era um pouco violento
Mas o rei manteve a pose

Quem sobe por honra
Deve saber que a Deus
deve toda a glória
Se não pagar o que deve
perderá sua coroa

*personagens encontram-se em 1 e 2 Samuel



PARADOXO

Paulo Zifum

Paradoxo: proposição cujo resultado contraria princípios básicos e gerais, crenças ordinárias e o comportamento da maioria criando um enigma.

A mensagem de Cristo era paradoxal ao declarar que “quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará” (Mt.10.39) e “se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna” (Jo.12.24-25). Nos termos da eternidade, a busca por viver para si com o fim de desfrutar o melhor possível é um desperdício. Já, os que abrem mão de fazer a própria vontade para viver para Deus, redimem a vida. A metáfora da morte segue no mesmo sentido afirmando que a vida está na renúncia de viver.

O Senhor ao dizer “negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt.16.24) firmou o paradoxo da Cruz. Os romanos faziam com que os condenados carregassem a cruz na qual seriam crucificados. Jesus usa o exemplo para mostrar que seguir seu ensino de amor e obediência a Deus era contrário aos desejos do ego. Os que seguiam a Jesus sabiam que o caminho da Cruz só teria valor se fosse voluntário, pois só há paradoxo quando nos rendemos e renunciamos o mundo e seus padrões.

E o Senhor ensinou que “todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt.23:12) e “quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo” (Mt.20.26). Entretanto, o paradoxo, nesse caso, não se aplica aos derrotados que nada podem reivindicar, mas àqueles que decidem abrir mão de direitos e segurança humana para confiar somente em Deus. Para esses o sucesso do paradoxo é garantido nesta vida ou na vindoura.

Por isso, o apóstolo Paulo disse que essa “mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co.1.18). E, de fato, há um claro corte de loucura para o homem comum que conclui ser a religião cristã uma versão romantizada de uma jovem judia estrupada por um soldado romano que acabou dando a luz a um menino pobre que se torna um líder revolucionário que termina morrendo e seus discípulos roubam seu corpo da tumba para espalhar a miraculosa notícia de que ele havia ressuscitado. O fato dos cristãos do primeiro século estarem dispostos a morrer por pelo Evangelho poderia ser ignorado, mas como anular o fato de cristãos dos séculos seguintes continuaram a dar a vida por essa mensagem? O paradoxo perturba pela fato desses cristãos pacíficos mostrarem o amor que evoca o sucesso dessa loucura.

OS BENEFÍCIOS DO PARADOXO

O Sermão do Monte expressa o pensamento paradoxal do Senhor e mostra a inteligência do Evangelho que aponta o caminho da verdadeira vida boa cuja felicidade não segue o padrão comum. Note o preâmbulo do sermão:

Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”. (Mt.5.3-12).

O conceito de felicidade empurra os homens a pensarem que a vida não se resume a esta. Ou seja, a luta da vida deve ser por algo maior cujo alvo é a santidade e o bem do próximo. O texto mostra também que a rejeição deve causar uma alegria espiritual. Esse tipo de ensino leva o cristão a viver uma vida com expectativas corretas e realistas.

O ensino do Senhor sobre amar, pedir perdão, abrir mão de direitos, mostrar bondade com os que não merecem, pagar o mal com o bem e praticar uma religião discreta e coerente, segue na contramão daquilo que Satanás insufla que é buscar supremacia (poder pelo poder), vaidade e vingança.

O cristão adquire equilíbrio emocional em todos os níveis ao compreender o ensino paradoxal. Torna-se mais forte e mais útil, dando a seus pares o mínimo de preocupação. A humildade, uma das marcas distintivas do cristão, o faz viver de modo leve num mundo duro e dá resistência psicológica para passar pelas agruras dessa vida. E para terminar essa breve reflexão, tomamos a excelente descrição de A. W. Tozer:

O cristão logo aprende que, se quiser alcançar vitória como um filho do céu entre os homens da terra, não deve seguir os padrões adotados comumente pela humanidade, mas exatamente o sentido oposto. Para salvar-se, corre perigo; perde a vida a fim de ganhá-la e existe a possibilidade de perdê-la se tentar conservá-la. Ele desce para subir. Se se recusa a descer é porque já está embaixo, mas quando começa a descer está subindo. É mais forte quando está mais fraco e mais fraco quando se sente forte. Embora pobre tem poder para tornar ricos a outros, mas quando se enriquece sua capacidade de enriquecer outros se esvai. Ele tem mais quanto mais dá e tem menos quando possui mais. Ele pode estar, e no geral está, no alto quanto mais humilde se sente e tem menos pecado quanto mais se torna consciente do pecado. É mais sábio quando reconhece que nada sabe e tem pouco conhecimento quando adquire grande cultura. Algumas vezes faz muito quando nada faz e avança rápido ao manter-se parado. Consegue alegrar-se nas dificuldades e mantém animado o coração mesmo na tristeza. O caráter paradoxal do cristão revela-se constantemente. Por exemplo, ele crê que está salvo agora, mas, não obstante, espera ser salvo mais tarde e aguarda alegremente a salvação futura. Ele teme a Deus, mas não tem medo dEle. Sente-se dominado e perdido na presença de Deus, todavia, não há lugar em que tanto deseje estar como nessa presença. Ele sabe que foi purificado de suas faltas, mas sente-se penosamente cônscio de que nada de bom habita em sua carne. Ele ama acima de tudo alguém a quem jamais viu, e embora seja ele mesmo pobre e miserável, conversa familiarmente com Aquele que é o Rei de todos os reis e Senhor dos senhores, não percebendo qualquer incongruência nisso. Sente que de si mesmo é menos que nada, entretanto crê firmemente ser a menina dos olhos de Deus e que por sua causa o Filho Eterno se fez carne e morreu na cruz vergonhosa.

CONTAGEM REGRESSIVA DA EDUCAÇÃO DE FILHOS

This image has an empty alt attribute; its file name is 8ea37f3f45c6f95580a8eff3852ff2c7.jpg

Paulo Zifum

*AVISO: O texto abaixo parte do pressuposto da educação judaico-cristã cuja a base é Cristo. Cremos ser impossível redimir uma sociedade pela educação em si. A boa educação pode inibir o pecado e evitar as consequências decorrentes da falta de autocontrole, mas somente Cristo pode realmente libertar e regenerar o ser humano. Apenas a Graça de Cristo, pela ação do Espírito Santo, pode, por meio da Bíblia, educar de modo eficaz e, em tempo, tornar a vida realmente útil aos olhos de Deus.

INTRODUÇÃO:
É intuitivo pensar que a formação da personalidade e caráter de uma pessoa ocorre nos primeiros anos de vida. A criança desde o ventre recebe estímulos e capta o mundo externo pelo que sente e ouve. Após nascer, por ser dependente, será condicionada a aprender por imposição (com o sim e não dos pais) e, por ser curiosa, irá aprender por observação (com a vida diária de todos ao redor). E em curto espaço de tempo uma criança pode estar concluída quanto á persolanilidade e caráter. Logo, o tempo é um fator importante que, por sua vez, levanta 3 questões relacionadas à educação humana: Qual é a melhor educação a ser imposta? Como cuidar para que o ambiente do lar contribua para aprendizado? Como lidar com a inevitável influência do ambiente externo no aprendeizado de uma pessoa? Note que as questões estão relacionadas pela necessidade de coerência, porque o que é imposto deve fazer sentido no ambiente do lar que, por sua vez, ao ser comparado com o mundo externo, seja uma da melhores propostas.

Massa Pronta
Uma crinça é como uma massa de modelar que contém uma substancia interna reativa que em contato com o ambiente, começa a endurecer. Esse “endurecer” representa o processo de consolidação do aprendizado do comportamento (relação com o tempo e com as pessoas, dieta alimentar, ordem de aprendizado e espiritualidade). Essa metáfora indica que os educadores são como escultores, o que é maravilhoso pensar na tarefa de moldar uma pessoa, porém, o trabalho com essa “massinha” não dispõe todo o tempo do mundo. Deus criou o tempo linear onde nossa história segue uma dinâmica que não podemos parar. Portanto, os paraninfos devem dar seu melhor para que a criança, ao ser consolidada, participe de modo satisfatório do mundo onde esta inserida.

Sob Pressão
Esse “esculpir” com tempo limitado é uma tarefa sob pressão, cuja tensão aumenta à medida que a criança aumenta seu desejo saudável por emancipação. Essa vontade é que dá sentido para a educação que visa ajudar a pessoa alcançar sua autonomia, porém o pecado imposto à natureza humana cria uma nova tensão: a criança quer antecipar seu direito de liberdade e insurge-se com rebeldia. É um grande desafio a tarefa de conter a rebeldia sem destruir a individualidade. Quebrar a vontade rebelde exige equilíbrio, por isso educadores sábios estudam formas e palavras para que a criança seja corrigida sem ter que sua segurança como pessoa seja danificada.

PEDIR SABEDORIA
Diante dessa pressão e risco de cometer erros, a Bíblia nos instrui a orar: “Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor; vão-se como um murmúrio. Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos! Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que te é devido. Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Sl.90.9-12). A expressão “contar os dias” evoca o planejamento do tempo que, no caso da educação, essencial. Matérias seguem em ordem para preparar o aluno para seus exames dentro prazo. Uma criança precisa sentir-se segura, depois deve aprender os princípios da honra, e logo depois, ser ensinada a servir. Ao ser conduzida a honrar e servir, preisará ser treinada a ter autocontrole devido às contrariedades. Depois, deve ser orientada a adminstrar os desejos, o tempo, as coisas e os relacionamentos com as pessoas. E toda grade de ensino tem um tempo certo, por isso educadores precisam de sabedoria para fazer essa “conta”. A falha causará reprovação e perda de tempo. Muitas crianças não são hiperativas por sofrerem algum distúrbio, mas porque não aprenderam o básico sobre honra, serviço e autocontrole.

ENSINE O TEMPO TODO
Por isso a Lei ordena: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões” (Dt.6.6-9). Note como o planejamento de educar considera o tempo que está para se esgotar. Essa sabedoria de boa “conta” considera a urgência de “remir o tempo porque os dias são maus” (Ef.5.16).

O TEMPO IRÁ ACABAR
Jesus disse: “Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar” (Jo.9.4). Essa é condição humana! Até o bem, tempo certo também tem. O ensino não pode ocorrer de qualquer forma ou hora, pois está escrito que “boa é a palavra no tempo adequado” (Pv.15.23). Portanto, quem educa deve considerar que sua tarefa tem validade para determinado tempo da vida de uma pessoa. E o tempo do qual estamos falando é a infância onde é possível impôr a educação de modo formal e, é nessa fase que a criança é educada informalmente observando tudo ao redor.

Contagem Regressiva do
APRENDIZADO POR IMPOSIÇÃO (educação proposicional)
A Bíblia ao falar sobre a obrigação da autoridade deixa claro que, em algum momento, essa deverá usar a “espada”, que no caso de Rm.13 é literal. O uso da força física (materialização da autoridade) não é o desejável, mas necessário quando a existência da autoridade é ignorada. E é consenso dos analistas de comportamento humano que, um radar de velocidade na estrada não tem efeito moral se a multa não for notificada e a punição da perda da carteira de habilitação não for materializada. O ser humano obedece voluntariamente muitas regras, mas algumas leis importantes não podem ser facultativas. As obrigações impostas por força de lei implicam em punições que, quando devidamente aplicadas, criam o temor saudável. Se houver impunidade, a lei perde sa força. Nesse caso, o uso da vara da disciplina impingirá dor física na criança para impôr a moral que foi desprezada ou resistida.

Essa imposição, entretanto, nao pode ser arbritrária ou temperamental. Ela deve ser tutoriada pela Lei Moral de Deus e pelo Sermão do Monte entregue por Jesus. O culto e a vida devocional são primeiro impostos, depois desfrutados como relacionamento. O tempo sagrado é imposto para criar limites e senso de ordem dos eventos. A honra aos pais segue a lógica de que os mais velhos devem ser respeitados. O reverência com o próximo, seus bens, sua vida e sua honra é imposto. A vida social imposta no Sermão do Monte requer que sejamos sinceros com o próximo e dispostos a pagar o mal com o bem. O amor pelo próximo, primeiro é imposto, para impedir que as tendências egoístas sejam adotadas como normais.

Se essa imposição não ocorrer quando as crianças forem pequenas, se tornará uma tarefa penosa na adolescência. Muitos adultos sofrem porque não conseguem viver embaixo da Lei e sofrem ainda mais porque só conseguem se comportar eticamente quando são retribuídos. Porém, quando se recebe, no tempo certo, a coerente imposição moral das Escrituras (que é diferente do moralismo), a pessoa torna-se socialmente responsável, reverente e mais livre.

Exemplos práticos da educação imposta
Ao investigar um possível ato de furto, pais obrigam a criança a devolver coisas tomadas sem autorização. Ao notar a má administração de coisas emprestadas, obrigam o conserto ou restituição do bem novo. Ao perceberem que ocorreu ofensa contra a integridade física ou contra a honra de alguém, pais exigem a retratação.

Fases da Imposição:
Há uma fase do não tácito que é seguida da fase da não explicado. Um bebê precisa ser educado apenas pela imposição de horários e alimentos, se resistir terá apenas o “não”. Agora, uma criança acima de 2 anos já pode receber algumas explicaçõesmorais sobre regras.

Contagem Regressiva do
APRENDIZADO POR OBSERVAÇÃO

Meu filho tinha 4 anos de idade quando minha esposa, com minha filha bebê no colo precisou ligar para mim de um orelhão. Irritada, repetia meu nome na conversa ao telefone, dizendo que não iria fazer o que eu havia pedido. Colocou o telefone no gancho com a testa franzida de raiva. Meu filho, puxando vestido da mãe num gesto de pedir atenção perguntou: “Mamãe, é assim que se fala com um sacerdote?”. Minha esposa, ao lembrar o quanto usava a expressão “sacerdote” para enaltecer minha posição dentro do lar, percebeu que não estava sendo coerente.

No caso de meu filho, a educação imposta parecia atraente a ponto dele questinar uma contrariedade, mas nem sempre as crianças notam que os adultos estão falhando. O lar e sua dinâmica é basicamente uma sala de aula onde os alunos aprendem pela observação. O que é ser um homem? O que ser uma mulher? Como reagir diante de conflitos? Essas questões serão absorvidas observando o comportamento dos adultos. O valor do trabalho, os horários para as tarefas, os tratamentos, o uso dos bens de forma generosa, a valorização das amizades, a ida a Igreja e a forma como se deve deitar, são aulas encenadas todos os dias, e assistindo a criança poderá tirar suas próprias conclusões.

Sendo o ambiente do lar um lugar ordeiro e cheio de amor e justiça, a criança se sentirá cada vez mais atraída por esse modelo. O que não significa que o pecado não irá atrair a criança para um certo caos e egoísmo que a levarão sentir raiva e uma inclinação para autogratificação com injustiça.

O EVANGELHO E A CRUZ DE CRISTO
Diante desse contagem regressiva e, em face da limitação dos educadores, devemos recorrer a Cristo. Ele veio ao mundo e morreu na Cruz para remover a maldição do pecado. Essa maldição que inutiliza os esforços da educação que, em si, não pode arrancar a inclinação rebelde e o autoengano do coração humano. Por isso, toda criança deve ouvir sobre Cristo e, logo cedo, experimentar sua graça e perdão. A espiritualidade da criança será ativada quando essa, escutando a Palavra de Deus, receberá o Espírito Santo que a ensinará de modo profundo o que é o amor e justiça. Uma criança cujo a fé foi despertada, fará o mesmo que seus pais cristãos, buscará ajuda para, aprender a “contar os seus dias” e, também, alcançar um coração sábio.

HASTEAREMOS BANDEIRAS

Paulo Zifum

O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança. Do seu santuário te envie socorro e desde Sião te sustenha. Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite os teus holocaustos. Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus desígnios. Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos os teus votos. Agora, sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu com a vitoriosa força de sua destra. Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus. Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé. Ó Senhor, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos” Salmo 20

As músicas populares de Israel nos tempos do Davi formavam o saltério nacional, mais conhecido como livro dos Salmos. As poesias dessas canções tratavam diversos temas de vitórias até os mais profundos sofrimentos. Essas canções, que preservavam a fé e a história de Israel, eram entoadas pelo povo em suas festas. Durante os encontros populares o povo mantinha um ambiente positivo usando os Salmos para abençoar uns aos outros.

Esse ambiente de fé cumpria a manutenção desejada: “sem duvidar, mantenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porquanto quem fez a Promessa é fiel; e consideremos uns aos outros, para nos encorajarmos às manifestações de amor fraternal e às boas obras. Não abandonemos a tradição de nos reunirmos como igreja” (Hb.10.24). Quando o povo de Deus se reúne, podem encorajar uns aos outros como está escrito: “de boas palavras transborda o meu coração” (Sl.45.1).

Dentre esses hinos antigos, o Salmo 20 se destaca com sua positiva oração em favor dos irmãos, manifestando todo bem-querer. Como pano de fundo comum daquele contexto, a guerra fazia parte do cotidiano da nação, pois nas fronteiras de Israel havia constante hostilidade. As guerras causam muita aflição e a ameaça de um inimigo poderoso traz insegurança. Num contexto de batalha, toda a nação poderia cantar encorajando seus soldados e seu rei, dizendo: “o Senhor dará a vitória”.

E por que era tão importante essas palavras de ânimo? Uma das razões era a situação de ter de enfrentar um inimigo poderoso que marchava não somente com homens a pé, mas com carros e cavalos (hoje seriam tanques e aviões). Dependendo da quantidade do exécito inimigo, um povo em aflição logo pensava em render-se. Embora a imponência do inimigo, a fé levava a nação, em nome do Senhor, a antecipar a vitória.

Essa certeza de vitória seria materizalizada no “celebraremos com júbilo e hastearemos pendões”. A expressão refere-se ao costume dos exércitos que marchavam levantando bandeiras e, na medida em que avançavam, tomavam territórios. O Salmo 20 é um brado de que o inimigo seria impedido de avançar fincando bandeiras sobre os montes. A declaração ecoava confiança de que a nação estaria em pé com seus símbolos e bandeiras e o Senhor manteria seu domínio. Considerando a fragilidade do povo de Deus cercado de inimigos numerosos, a oração enfatiza que Deus elevando seu povo em segurança, enviaria socorro e daria vitória de modo sobrenatural como fez com o rei Josafá em 2 Crônicas 20.

APLICAÇÃO NO DIÁLOGO DA IGREJA

VIDA PESSOAL: O Salmo 20 naturalmente se aplica às mais diversas difuiculdades dos filhos de Deus nesse mundo. Assim como o Salmo 37 promete triunfo na vida terrena, o Salmo 20 refere-se ao cotidiano de luta dos crentes. Portanto, é recomendado que os irmãos usem essa oração para se encorajar mutuamente. E os que assim o fazem, não somente intercedem, mas se compremetem de celebrar quando a vitória chegar. É um compromisso positivo da comunidade de fé.

MISSÕES: Os cristãos tem por certo que lutas virão e que Satanás persegue a Igreja do Senhor. O povo de Deus é minoria que, sem “carros e cavalos” enfrenta o inimigo. O desejo dos filhos de Deus não é prevalecer para impôr-se politica e religiosamente, mas salvar o maior número possível de pessoas, pois esse é o “desejo do coração” que a Igreja sonha satisfazer. A vitória é ver as bandeiras de Cristo avançando sobre um mundo em trevas. A celebração é que venha o reino de Paz e Justiça sobre o mundo. A vitória é ver a conversão dos ímpios. Como missionários nesse mundo, devemos encorajar nossos irmãos a continuarem firmes na luta pelo Evangelho. Os cristãos não podem perder de vista a batalha espiritual nem a principal razão de ainda estarmos no mundo.

Em 2 Cr.20

MATURIDADE CRISTÃ

Paulo Zifum

Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.
Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal”
Hebreus 5.11-14

Quando dizemos que pessoas imaturas comportam-se como crianças, não nos referimos à pureza ou doçura, mas à ingenuidade e o egoísmo próprio dos pequenos. Logo cedo, os pais percebem que precisam repetir várias vezes os “princípios elementares” da vida que versam sobre perigos e deveres básicos. Os pequenos tem um instinto de autopreservação, mas não possuem conhecimento dos males a seu redor. Tem noções de afeto, porém, a forte inclinação para a autogratificação faz voltar-se apenas para si. Essa tendência somada à falta de noção do tempo faz com que a criança seja inconstante, pronta para abandonar o que começou para fazer outra coisa que lhe desperte interesse ou prazer. A criança necessita de que alguém lhe ensine a obedecer ordens e comporta-se com moderação e bom senso. Precisa de ser iniciada nas virtudes básicas da vida social e ser orientada a fazer o bem.

Depois de um tempo de instrução, se espera é que a criança cresça e se torne autônoma em direção rumo à maturidade, onde não é mais necessário lembrar de escovar os dentes ou tomar banho. E é possível que uma criança de 7 anos já saiba se portar com consciência de vida coletiva, sendo gentil e prestativa. Porém, o que acontece com frequência é desconcertante: adultos agindo como crianças.

E é esse o assunto de Hb.5: cristãos que não amadureceram no tempo natural. Todos temos deficiências em algumas áreas (Tg.3.1-2). Quem nunca precisou de ser lembrado de algo básico? Mas quando um cristão necessita de que alguém o lembre de coisas básicas como “andar de modo digno do Evangelho” (Fp.1.27), isso não é normal. Todos precisamos ser carregados em determinados momentos, e existem certas horas que perdemos um pouco da noção, sendo necessário que pessoas nos ajudem. Mas, na maioria das vezes, nós mesmos oramos, pegamos a Bíblia para ler e assumimos a responsabilidade de congregar, não sendo preciso que algum fique nos vigiando para isso. Há momentos que temos dificuldade de pedir perdão ou perdoar, mas os crentes maduros sabem que não é possível ser cristão sem perdão liberado. São crianças que não sabem tomar banho sozinhas, mas adultos sabem que a imoralidade e os vícios precisam de um escovão, pois são capazes discernir a gravidade do pecado. O cristão maduro considera o dízimo, ofertas e a ajuda ao próximo como parte integrante do ser cristão e não precisam de alguém o tempo todo lhes lembrando seus deveres. Entretanto, crentes imaturos apresentam deficiência em questões elementares.

Esse discernimento é essencial para medirmos nossa maturidade. Se estivermo dando trabalho para as pessoas, causando-lhe constante sobressalto, as obrigando a tomar cuidado conosco o tempo todo, então, algo deu errado em nosso discipulado.

A vontade de Deus é que sejamos “perfeitos e perfeitamente habilitados para toda boa obra” (2Tm.3.17), que “todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef.4.13-15).