ARMA DE ATAQUE

Paulo Zifum

A espada do Espírito é a Palavra de Deus (Ef.6.17). Foi essa espada que Jesus usou como arma de ataque na luta contra o diabo (Mt.4.1-7) e contra os ardis e dissimulações dos líderes religiosos de sua época. Jesus manejava bem a palavra da verdade (2Tm.2.15) e ensinou seus discípulos a fazerem o mesmo.

A Bíblia não é apenas uma bússola para o peregrino ou uma confortável almofada para a alma aflita. Antes de tudo, a “palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb.4.12). Deve ser usada em ação no ministério profético de cada crente e isso com “poder, amor e moderação” (2Tm.1.7). para colocar em liberdade aqueles que foram feitos cativos pelo diabo (2Tm.2.26).

O uso das Escrituras como arma de ataque não deve ser reduzido para ganhar debates teológicos ou para condenar pessoas. Nossa luta ao lado de Cristo é para desfazer as obras do diabo (1Jo.3.8). Se a usarmos para vencer pessoas em busca de um poder majoritário da religião, traímos “aquele que nos arregimentou” (2Tm.2.4). Embora a espada do Espírito tenha propósito de julgamento (Mt.10.34), também tem a finalidade redentora de libertar os homens do engano.

JEJUAR PARA ORAR MAIS

Paulo Zifum
“em jejuns muitas vezes” 2Co.11.27

O jejum é uma forma intensa de oração e também um modo de lembrar que “nem só de pão viverá o homem” (Mt.4.4) e que “a vida é mais que o alimento” (Lc.12.23). O jejum fortalece a vida espiritual e, feito corretamente, também traz benefícios para a saúde. Ao iniciar seu jejum apresente diante de Deus seus pedidos e exercite sua fé.  

NÃO DESPERDICE AS PESSOAS

Paulo Zifum

Não é possível aproveitar a companhia de todas as pessoas a quem amamos. Amizades verdadeiras correm risco de serem bloqueadas por imaturidade, vícios ou problemas psicológicos. Contingências como algumas enfermidades, alguns tipos de guerra e a distância imposta podem nos tirar a presença da pessoa amada. E porque não sabemos quanto tempo temos, cuidemos de não desperdiçar as pessoas por sentimentos ou distrações egoístas.

COMO ESTÁ SEU RELACIONAMENTO COM AS PESSOAS DA SUA FAMÍLIA?
Há uma exortação bíblica que diz que o cristão deve cuidar “dos seus e principalmente dos da sua família” (1Tm.5.8), mas o pecado que habita em nós cria uma tendência de ser gentil com estranhos e tratar mal pessoas da família. Por isso, devemos tomar os seguintes cuidados:

-Faça uma oração a Cristo, pedindo que remova barreiras e te ajude a conversar
-Se disponha a fazer tarefas juntos
-Lembre que as pessoas podem ser tiradas de nós sem aviso
-Evite usar o celular quando puder estar com quem te ama

NÃO DESPERDICE AS PESSOAS QUE APRECIAM SUA COMPANHIA
Há uma velha canção que dizia “quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora, é por isso que nem sei o que será de mim agora” sendo quase uma paráfrase romantica de Rm.7.19-20. É possível desenvolver fixação nos desafetos e, por uma questão de insegurança ficarmos paralisados em relacionamentos sob tratamento. Por isso devemos tormar os seguintes cuidados:

-Aceite que algumas pessoas não podem te amar no momento
-Ore entregando a Deus o desafeto. Não fique na ansiedade
-Ligue, mande mensagem para quem te ama e agradeça
-Gaste tempo com quem celebra sua vida

ELA DERRAMOU O PERFUME

Paulo Zifum

Ela entrou na sala onde Jesus estava e, sem rodeios, derramou 300ml de perfume caro sobre Jesus. As pessoas que estavam no recinto reconheceram o cheiro e sabiam que era uma essência preciosa. Pela quantidade cerimonialmente derramada, alguns poderiam calcular em torno de R$2.000,00. Esse ato foi registrado no Evangelho de João capítulo 12 sobre o qual podemos fazer 4 perguntas.

O que, exatamente, essa mulher estava fazendo?
É típico dos apaixonados serem extravagantes ao demonstrarem que o valor da pessoa amada está acima de outras referências de valores. Maria planejou esse ato para comunicar a Jesus o que ele signifcava para ela. Era desperdiçou em segundos o que mulheres poderiam usar por meses. Ela revelou que, para ela, Jesus era divino e, perto dele, aquela essência era um perfume barato. Ela estava grata porque Jesus haia ressuscitado seu irmão Lázaro. Havia ali uma atmosfera sobrenatural e Maria externou sua compreensão com um gesto que apontava para algo além dessa vida.

O que Jesus achou daquela veneração?
Ele gostou! E como era um homem humilde, em vez de ressaltar sua realeza ou o prazr de ser elogiado em público, ele chama o ato recebido como bondade (Mc.14.6). Em silêncio, permeneceu reverente enquanto recebia aquela terna unção sobre sua cabeça. Não sabemos se Maria estava se despedindo de Jesus, mas depois que a essência encheu o lugar, Jesus se apropria daquele momento dizendo que era um preparo para sua morte, o que confirma que o Senhor não aceitava massagear seu ego, mas sentia profunda espiritualidade naquele ato. Em vez de valorizar o perfume, destaca Maria, com fez Davi (1Cr.11.15-19). Em gratidão, o Senhor profetiza que aquele gesto de amor seria lembrado para sempre.

O que as pessoas acharam?
As pessoas são conhecidas por suas comparações. Judas disse que aquela quantia de perfume poderia ser vendida e o valor revertido para os pobres. Enquanto Maria demonstrava que Jesus estava acima dos valores deste mundo, Judas revelou o raciocínio materialista comum. Jesus era um homem muito simples e desapegado de qualquer luxo (Lc.9.58) e seu ministério tinha sido todo em torno dos pobres, mas Judas era incapaz de perceber o que estava acontecendo ali. E como Judas estava para traí-lo, fica evidente em seu comentário que Jesus não era para ele nada maior a ponto de merecer tal adoração. Maria, sem querer, cria um divisor de águas e risca uma fronteira separando idólatras e verdadeiros adoradores.

Qual o impacto que o ato de Maria tem sobre nós?
Ela cria uma referência sobre o relacionamento com Jesus e o quanto estamos dispostos a oferecer para o Senhor. Quando Paulo declara que “em nada considero minha vida preciosa para mim mesmo” (At.20.24) e “o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo” (Fp.3.7-8), ele amplia o ato de Maria. Abaixo dos maiores amantes, nós percebemos a timidez de nosso amor e nossa tendência de oferecer pouco para reter em vão aquilo que poderíamos oferta para o Senhor.

Maria nos estimula à uma vida devocional que, pode ser secreta ou exposta diante da congregação. E nessa devoção cada um sabe se está dando o melhor de si ou não. Maria usa valores materiais para sua devocão, o que nos ajuda a lembrar que o amor, com frequência, materializa sentimentos.

Hoje, o Senhor não está fisicamente entre nós, mas ele nos garantiu que podemos “derramar nardo” sobre ele se amarmos as pessoas (Mt.25.35-45). Porém, não devemos pensar que distribuir os bens aos pobres seja, em si, uma relação como o Senhor, mas o amor e gratidão para com Cristo nos levará, indubitavelmente, ao próximo em suas necessidades.


CURA PARA ANSIEDADE

Paulo Zifum

Todos somos em certo grau ansiosos, pois segundo a Bíblia somos nefesh – seres desejantes (Gn.2.7). Porém, a ansiedade é um sentimento que, segundo Jesus, duvida da provisão divina (Mt.6.25-33). E para quem sofre de ansiedade, somente o controle nas mãos é que acalma. Porém, a certeza material ou emocional é, muitas vezes, impossível. Logo, o assalto da ansiedade é certo para aqueles cuja vida é reduzida ao mundo físico e os relacionamentos verticais dependem apenas do desempenho das partes.

As pessoas irão, mesmo sem querer, sabotar nosso bem estar. E o movimento das coisas naturais não pode ser totalmente controlado por nossa prevenção ou intervenção. Ou seja, certezas escaparão de nossas mãos. Essas contingências geram ansiedades que podem ocupar toda nossa atenção criando uma grande fixação a ponto de nos importarmos apenas com o que não temos e com o que as pessoas fazem ou deixam de fazer. Esse estado de vida faz entrar em crise.

Por isso, Jesus disse: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve“. (Mt.11.28-30). Não há nada que Ele não cumpra, nada que Ele não cure. Se atendermos seu chamado, vamos iniciar uma nova vida baseada na dependência de Deus, treinada a resistir as demandas sociais de vaidade e pressa e busca frenética por soluções rápidas.

Jesus nos ensina a orar e confiar. Ele ensina que devemos amar cordialmente as pessoas, mas, com equilíbrio manter delas a distância de respeito e segurança. Ele é quem nos convence que a vida de uma pessoa não consiste nos bens que possui (Lc.12.13-21). Ele nos acalma e nos faz fortes para enfrentar nossa cruz e nossas decepções. Ele nos ensina o contentamento nas mais diversas privações da vida. Ele tem a cura para a ansiedade*.

*as terapias e remédios são cordas lançadas para tirar uma alma da crise, mas somente a graça de Cristo educa a alma a viver de modo saudável.

A VOLTA DE CRISTO

Paulo Zifum

Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” Ap.1.7

O apóstolo Paulo compreendeu, por meio do discurso do próprio Senhor (Mt.24.36-39, Jo.14.2-3) e pelo testemunho dos apóstolos (At1.9-11, 2Pe.3.8-10) que Jesus Cristo voltará fisicamente para materializar sua obra consumada na Cruz. Assim, esccreveu:

Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre” (1Ts.4.15-17)

Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá do céu, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder. Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho” (2Ts.1.7-10)

Paulo afirma juntamente com o apóstolo João que Cristo voltará reunir todo o povo eleito e para julgar as nações e encerrar o domínio de Satanás. A volta de Cristo como Rei será um evento glorioso, entrondoso e aterrorizante, diferente de sua primeira discreta e inofensiva. Cristo, o único mediador e salvador, não voltará para oferecer miserícórdia. Sua segunda vinda será terrível para os inimigos que rejeitaram seu governo. Mas, todos que pediram “venha a nós o teu reino” pela confissão dos pecados reconhecendo Cristo como Senhor, esses serão confirmados entre os salvos.

Você deseja que Ele volte?

SE EU SOUBESSE QUE O TEMPO…

Paulo Zifum

Se agora, no início do ano, eu soubesse que meu tempo de vida, sem enfermidade, terminaria no fim do ano, o que faria? É isso que eu faria: deixaria as pessoas no centro de minha vida para ouvir cada uma delas com reverência e servi-las como fossem o próprio Senhor. Abandonaria os ideais de realizações pessoais e dedicaria tempo com pessoas. Se eu soubesse que o tempo se esgotaria daqui alguns meses, diria palavras diferentes das que costumo dizer e conteria a vontade de aparecer.

Mas, talvez, não. Será que eu ficaria acabrunhado? Será que me dedicaria às despedidas artificiais? Eu perderia o resto do tempo esfregando a mancha da culpa para sentir-me melhor? Ou, ficaria alucinado por fazer um sacrifício relâmpago?

Se eu soubesse de algo tão assustador, qual o conselho daria a mim o Senhor? Ouvi agora: “buscai a minha presença” (Sl.27.8). Então orei: “Ó Deus! O que é minha vida, senão um sonho teu? Fizeste de mim um amigo, não para receber algo, apenas para dar. Senhor! Obrigado pelo vida que tive, porque foi bem vivida, inda que desperdiçada. Não pude gastar tudo para ti, porque estava focado em mim, mas acertei muitas vezes, dando esse mínimo orgulho. Não quero me desesperar, apenas me preparar. Livra-me de mostrar ansiedade, já que tanto lutei contra ela. Ajuda-me a colocar em ordem minha vida, de modo que todos ligados a mim não sintam um estalo de uma corda esticada, embora experimentem aquela náusea de uma queda. Quero que lembrem que meu rosto estava feliz. Senhor! Comunique em mim um fim que valha a pena. Que digam que eu te amei e que, além de ficar, desejava partir. Amém