AFETOS DE MISERICÓRIA

Paulo Zifum

revistam-se de
ternos afetos de misericórdia

ARA Cl.2.12

O “terno afeto” é algo positivo da reciprocidade, já o “terno afeto de misericórdia” é um ato solitário. O primeiro seria vestir igual ao outro e celebrar coisas em comum, o segundo é colocar um avental para servir gente que não lhe pediu nada. E pode parecer dramático, mas em alguns casos é como colocar um macacão de bombeiro para sair em missão de resgate do ofensor em apuros. Revestir-se de misericórdia indica fazer algo que não é seu, mas tomado emprestado de Jesus. E esse sentimento de “terno afeto de misericórdia” quando usamos e não tiramos, aí sim, passa ser nosso como segunda pele. Vamos obedecer à essa ordem, tomando os recursos de amor disponíveis pelo Senhor. Amor, amor, amor.

PESSOAS NO MEU CORAÇÃO

Paulo Zifum

Estou de joelhos em oração a favor das pessoas. Carrego minhas orações com sentimentos de afeto, carinho e compaixão. Coloco todas pessoas que posso em um lugar seguro em meu coração. Digo a Deus que as proteja do mundo e delas mesmas. Mas, ao longe, num canto menos iluminado do meu coração, vi algumas pessoas. Eram nove ou dez, não sei ao certo, e estavam numa área de risco dos meus desafetos. Senti vergonha diante de Deus por deixá-las lá. Sei que é responsabilidade minha tirá-las dessa encosta insalubre e colocá-las na melhor luz possível, mas as deixei ali. Meu coração, o perigoso, tem lugares onde ninguém deveria estar, nem meu pior inimigo. Quando vi essas pessoas, estavam tristes. Agora, sei que devo fazer o que não quero. Irei chamá-las para virem onde bate o sol da graça do meu Deus.

MINHA FILHA LULU

Paulo Zifum

O que são os filhos? A extensão nova de nossas vidas, que não possuímos, apenas desfrutamos. Eles são a nossa vida, fora de nós, uma nova chance de sermos melhores. Hoje, um pedaço lindo de mim faz aniversário, pela primeira vez bem longe em outro país.

Luiza é uma escritora, poetisa e música compositora. Por gostar de ler e escrever poesias, pode-se saber que Lulu é uma pessoa sensível com as pessoas e com o mundo ao redor. Por apreciar a boa música, é possível esperar que Lulu saiba ser triste e alegre em todos os tons reverentes e irreverentes. E tudo isso se dá numa cosmovisão cristã de corte reformado na qual Lulu descobriu o sentido correto de espiritualidade e intelectualidade centrada na pessoa de Jesus Cristo. Adepta ao estilo de vida simples e profundo, ela se esforça para ver beleza e significado nas pessoas e também nos lugares. E admiro que, ao ler esse texto, ela é seja capaz de, aos 23 anos, compreender perfeitamente todas essas definições que tenho sobre ela.

Lulu, a Sensível
Guardo no coração várias situações nas quais Luiza reagiu com sensibilidade incomum. Quando tinha apenas 3 anos de idade, observando seu irmão subir numa árvore, ela disse: “ele é tão sensível”, querendo expressar a admiração pela habilidade do irmão. Ela ficava aflita quando um pedinte na rua solicitava esmola no impulso de sempre dar, ficando proporcionalmente frustrada quando eu negava. Desde pequena desenvolveu uma ótima comunicação com todas as pessoas, mas foi nas raias da vida adulta que passou a apreciar a companhia das pessoas simples. É gentil com crianças e jovens, mas sua atenção especial foi voltada aos idosos, principalmente do tipo que conta histórias. Lulu vê a vida como quem lê um livro apreciando cada capítulo. E o curioso é que toda essa sensibilidade não a tornou frágil, mas muito forte em equacionar conflitos pessoais. Em casa com a família, Lulu respeita a cada em sua individualidade e está sempre disposta a conversar.

Lulu, a Música
Essa parte era inevitável por nascer em uma família onde a música está presente nas refeições e são tocadas como tema de eventos e viagens familiares. Lulu ouve louvores desde o ventre e cresceu na Igreja em meio aos louvores a Deus. Ouvir música sempre foi o lazer dos Leite e o irmão mais velho, que tinha pulado muros musicais fora do nosso universo, levou Lulu para conhecer outros tipos de musicalidade. Seus estudos na música começaram com o violino (os tempos iniciais de ensaio eram terrivelmente agudos). E com o irmão ingressou no grupo de dança também. Nada mais completo para quem gosta de música do que também dançar? Não! Ainda faltava algo. Até o fim da adolescência, Lulu não cantava, mas, de repente, a menina soltou a voz ao mundo. E foi com cantando que passou a tocar outros instrumentos musicais. Minha surpresa foram as composições com canções muito boas. Luiza tem uma cultura musical tão rica que usamos as playlists dela para navegar na música. Ela é uma curadora de música excelente.

Lulu, a Humorista
O que podemos dizer do humor de Lulu. Desde pequena ela fazia graça, mas na medida em que crescia percebemos sua inteligência para o humor sutil. Seus comentários espontâneos sobre tudo são sempre carregados de uma boa pitada de humor. Com ela, rimos de chorar literalmente.

Lulu, a Dorminhoca
Ela diria: Dorminhoca, não! Sonoativista! Dormir para Lulu é coisa séria. É um momento sagrado que deve ser feito com calma, tecido por horas e horas e bordado mais de uma vez por dia.

Lulu, a Aventureira
Quem acorda de madrugada para ver o pôr do sol? Quem vai acampar só para sentir o orvalho do noite e ouvir grilos? Quem adora o mar e só pensa em velejar? Quem não dispensa a chance de subir numa montanha?

Lulu, a Editora de imagem e vídeo
Tirar fotos para Lulu é a chance de materializar a beleza efêmera e depois colocá-la num arquivo para se rever do jeito que era. Suas edições de vídeo dão mais vida ao mundo belo que acontece sem música. Lulu é capaz de mudar uma cena com sua capacidade de musicá-las. Ela faz com que as fotos falem de amor e ternura.

Lulu, a Intelectual
Quanto a seu lado intelectual, esse eu descobri há poucos anos quando ela começou a fazer citação de escritores e a usar termos que eu só sabia por ter estudado filosofia. Mas, ela não demonstrava conhecimento gordo, era elegante ao aplicar o que sabia em nossas conversa à mesa. Passou a nos chamar atenção para as incoerências da vida e para o valor da sabedoria.

Lulu, a Espiritual
Mas, de tudo que Lulu tem de bom, sua vida espiritual é a melhor. Uma vez seu diário de orações estava aberto na mesa. Não resisti e li um pedaço. Que coisa maravilhosa! Sua intimidade com Deus como Pai era impressionante. Lulu não é presa nos termos da mecânica religiosa, ela é verdadeira em sua adoração e isso eu pude deduzir daquela conversa com Deus que li. Ela ama a Bíblia e a conhece. Ela ama a Igreja e a desfruta. Ela ama a Deus e o experimenta de verdade. Nós assistimos a prova disso nas vezes que Luiza se encrencava com algum pecado. A atitude dela de pedir perdão e se corrigir transmitia para nós sua fé sem fingimento e sua vida piedosa. E os dois anos que Lulu foi minha secretária na Igreja me permitiram ver a anatomia de sua espiritualidade. Hoje posso dizer que ela é uma mulher de Deus.

Lulu é linda!!!!!!

Chances imperdíveis

F. L. Leite

Você já viveu uma grande decepção? Eu já vivi e foi um tsunami emocional que me deixou em pedaços. E as decepções mais difíceis podem vir das pessoas mais próximas, do “amigo mais chegado em quem tanto confiávamos, que comia em nossa mesa e bebia de nosso vinho” (Sl.41.9). E tudo que parecia tão bom e verdadeiro, torna-se uma amargura e nossas altas expectativas (ilusões) para com o outro se encarregam de maximizar nosso desencanto.

Quando somos surpreendidos pela traição, mentira, engano, desprezo ou abandono, podemos cair numa espiral de mágoa, raiva e desejos intensos de justiçamento. Perguntas do tipo “como ele foi capaz de fazer tudo da pior maneira?” são seguidas por afirmações do tipo “eu não merecia que ela fizesse isso comigo!”. Tudo isso nos faz muito mal nos deixando piores do que a pessoa que nos ofendeu, pois normalmente quem “bate”, não sente tanto.

A decepção nos leva até a Cruz

Mas, em meio à nossa escuridão, surge a mensagem redentora do Evangelho de Jesus Cristo para nos salvar dos efeitos do pecado. É o pecado em nosso coração que nos faz querer possuir as pessoas ou controlá-las, que nos faz esperar coisas demais dos outros ou nos incita a achar que somos melhores. Então, o Evangelho nos apresenta o remédio: a Cruz de Cristo. Esse maravilhoso antídoto que precisamos “tomar” para que sejamos curados.

A Cruz traz a mensagem paradoxal de que os que nela morrem encontram a vida. E o Senhor, antes de morrer, usou a Cruz figuradamente como exigência para seguí-lo. Ele disse: “quem quiser ser meu discípulo deve negar-se a si mesmo, tomar sua cruz e seguir-me” (Lc.9.23) e “quem perder a vida por minha causa, vai achá-la” (Mt.10.39). Ou seja, o convite da vida cristã não é viver o melhor possível, mas entregar-se em serviço e amor pelo próximo. Nisso há uma grande libertação e elevação.

É necessário que convertidos passem pela Cruz para que possam crucificar o ego. E não apenas façam renúncia da vontade pessoal, mas também experimentem a identificação com Cristo ao concederem perdão a seus ofensores. Os cristãos “tomam sua cruz” ao reconhecerem seus pecados e também toda vez que percebem a oportunidade de “andar a segunda milha… oferecer a outra face… e amar os inimigos” (Mt.5.38-48).

Chances imperdíveis

Portanto, as ofensas passam a ser a oportunidade ímpar de nos identificarmos com os sofrimentos de nosso Senhor Jesus (Fp.3.10). Ele experimentou todas essas dores: foi traído por Judas (Mt.26.25), desprezado pelos samaritanos (Lc.9.53), abandonado por seus discípulos (Mt.26.56), rejeitado e mal compreendido por seu povo (Jo.1.11, 16.14) e descredibilizado pela própria família (Jo.7.5). Diante disso, a vida de um seguidor de Cristo não pode ser marcada por reclamações e defesas do ego ferido, mas uma firme percepção de que situações adversas servem para confirmar ainda mais a fé em Cristo.

Depois que passamos pela cruz, pela renúncia de nosso ego, terminado o orgulho e as mágoas, podemos desfrutar da tão prometida vida plena que o Senhor nos oferece (Jo.10.10). Então, aumenta-se nossa perspectiva positiva das decepções dessa vida (que nunca se acabarão) a ponto de entendermos as seguintes palavras de Paulo: “pelo que terei prazer nas fraquezas, nas injúrias… porque quando estou fraco, então é que sou forte” (2Co.12.10). Pela Cruz, as decepções nos fortalecem e nos unem a nosso Senhor. Não podemos perder isso de vista.

SERVO INÚTIL

Paulo Zifum

Jesus contou uma parábola do Servo Humilde em Lc.17-7-10. O destaque vai para seguinte instrução: “Depois de você ter feito tudo o que foi ordenado, diga: sou um servo inútil, porque fiz somente o me foi ordenado”.

Bem, ficou difícil para todos nós. Cumprir totalmente as tarefas dadas por Deus é um desafio grande. E, caso tenhamos conseguido obedecer plenamente algumas missões, precisamos da humildade em reconhecer que não pudemos ir além. E o título de “servo inútil” é uma graduação para aqueles cuja obediência foi integral. Abaixo desse padrão, não temos catálogo para definir, mas podemos inferir que tal pessoa deixou de ser servo. Diante desse constrangimento, lutarei para alcançar o título de “inútil”, que é uma posição livre de vaidade. Para os que compreenderam o ensino de Cristo, importa muito terminar a vida como servo.

DEUS IRÁ TE FERIR

Paulo Zifum

Deus pode nos ferir para nos parar, nos dobrar ou nos abrir. Jacó que o diga. O Senhor conhece as rebeldias mais sutis, o orgulho mais velado e o pecado mais escondido. Normalmente Ele nos fere com sua Palavra, e também com seus agentes de resistência. Ele move circunstâncias incontroláveis e incita pessoas para nos parar, dobrar ou abrir. Ele irá nos ferir por amor, para mostrar o que está em nosso coração, porque deseja nossa submissão e, por fim, nossa comunhão. Se o Senhor não nos quisesse perto, nos deixaria ir para longe ou nos mataria, mas não o faz. Ele calcula seu golpe e nos atinge de leve no ego, fazendo tilintar todo nosso ser, nos fazendo cair em si. O Senhor coloca a mão em nosso coração e o arranca nos mostrando o que exatamente ele reprova. Depois nos segura desmaiados, nos reanima e nos tira do engano. Qual é o seu nome? Ele pergunta num instante. Meu nome é Jucimar! Eu e ele sabemos o que essa confissão significa. Às vezes, o Senhor só deseja uma sincera admissão para mudar nosso nome e nossa história. E nós, transformados de glória em glória, vamos mancando, tendo marcada a memória de que Ele, e não ninguém, nos feriu com jeito.

QUAL A SUA MOTIVAÇÃO?

Paulo Zifum

Por que fazemos o que fazemos? A fome do trabalhador o faz trabalhar, porque a sua boca a isso o incita (Pv.16.26). O que te motiva a cuidar de sua aparência é a opinião das pessoas ou sua própria noção de estética? Você se preocupa em obedecer as leis morais porque tem medo de sofrer julgamentos ou porque deseja fazer o que é certo?

No campo das motivações, nem sempre fazemos aquilo que é natural ou razoável. A insegurança, impaciência ou frustração podem se esconder por trás de nossas ações, pois o pecado, presente em todas as áreas da vida humana, torna suspeito nosso comportamento. Uma caridade pode ser feita por pura vaidade e um choro por puro egoísmo, conforme está escrito: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr.17.9). Nossas motivações precisam ser redimidas e somente Cristo pode consertar nosso coração.

Antes de ter um encontro com Cristo os pecadores estão presos ao sistema de pensamento deste mundo. Mas, após a conversão, a ação do Espírito Santo nos esclarece sobre falsidade e distorções que afetam nossa vida social. E o Espírito Santo nos conduz a “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor” (Fp.4.8).

Essa mudança ocorre “por estarmos em Cristo”, e “se temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão” (Fp.2.1-2), podemos alcançar a certeza de uma vida autêntica. E sendo Cristo nossa referência, passamos a amar sinceramente, deixando de gastar nossas energias disputando com disputando com o cônjuge, com amigos e desconhecidos. Nossa religiosidade era motivada “por ambição egoísta ou por vaidade”, mas agora, “humildemente consideremos os outros superiores a nós mesmos… tendo a mesma atitude de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Fp.2.4-6).

Todos nós estamos às cegas com as motivações secretas do outro, por isso há tantos receios entre as pessoas. Como é bom conviver de modo seguro, confiando que o outro está sendo verdadeiro em suas intenções. Essa vida sem fingimento reprova motivações erradas, pois reconhece que diante de Deus tudo está descoberto e patente. O cuidado com as motivações leva à uma vida de boa consciência, livre do engano e em crescente amor verdadeiro.

IGREJAS E TEMPLOS

Paulo Zifum

Na cidade de Akron, Ohio -EUA, havia um templo de uma mega igreja batista. Após um incêndio criminoso suspeito no templo, a igreja recebeu US$7mi de indenização e reformou um pouco a templo, ma viveu anos de declínio na frequência dos membros. Tempos depois a igreja vendeu a propriedade de 7 edifícios com 33.000m² para outra igreja por US$1.5 mi. Mas, o membros da nova igreja não estavam disposto a se deslocar para o novo local. Como a estrutura era grande demais para ser administrada o mega templo de Akron foi abandonado após 2018 e sofreu ondas de depredação, tornando um problema de segurança pública.

Em 2024 o prefeito de Akron, Shammas Malik, ao anunciar a demolição do templo, disse: “Quando assumi o cargo, uma das coisas que eu queria fazer como vereador aposentado era abordar questões persistentes da vizinhança. E a estrutura por trás de nós é uma questão importante que dura vários anos. O Templo Batista de Akron era uma pedra angular da comunidade religiosa da cidade, disse ele, e uma estrutura historicamente significativa. Nos últimos anos, no entanto, a propriedade tornou-se uma praga significativa para esta comunidade neste bairro”¹. O gasto público para demolir o conglomerado ficará em US$1.24mi e a comunidade luta para que a igreja proprietária assuma parte dos gastos.

A vida terrena tem suas contingências com deslocamentos, mas é triste saber que algumas instituições religiosas se comportam como qualquer empresa secular que existe em um local enquanto houver uma boa contrapartida. Muitos templos não representam uma comunidade local, mas os projetos pessoais de um fundador ou grupo de líderes. Ouvir que uma igreja foi “uma pedra angular”, no mínimo, põe em questionamento seu legado naquela cidade. Igrejas locais são agentes de transformação de uma cidade, e espera-se que seus membros construam casa firme para as famílias ao redor, oferecendo em Cristo um porto seguro de estabilidade.

Felizmente, casos como de Akron, não colocam em dúvida as milhares de igreja comunitárias sérias que permanecem saudáveis por gerações nas cidades onde foram plantadas.

¹https://www.wkyc.com/article/news/local/akron/mayor-shammas-malik-demolish-site-former-word-church-akron-baptist-temple/95-03e5fabb-bf76-4127-abc0-e1aa226b0034

DESPEDIDA

J. R. Leite

São José do Vale do Rio Preto, 05 de maio de 2024

“O Senhor está comigo
entre aqueles que me ajudam”
Salmo 118.7

Amada Igreja de Queiroz

Escrevi esta carta para comunicar minha decisão de deixar o cargo de pastor da ICEQ. Permanecerei até o fim deste ano completando 10 anos à frente desta amada Igreja. Essa decisão foi tomada em paz e com o apoio do corpo de oficiais de nossa comunidade. Esclareço que não estou saindo por nenhum conflito com a liderança, pelo contrário, desfrutamos de amizade e paz no serviço do Senhor. Não estou saindo por nenhuma insatisfação pessoal ou problema familiar. Não estou saindo para assumir ministério em outra igreja. Minha decisão está baseada na minha necessidade de realizar uma pausa após completar 25 anos ininterruptos de trabalho pastoral. E sinto-me muito honrado que a Igreja de Queiroz tenha sido escolhida por Deus para me recomendar a este período sabático de descanso e renovação. Não penso em parar, apenas tirar um tempo para ouvir, aprender e fortalecer-me para a próxima jornada ministerial.

Irmãos, eu gostaria
de ter feito este comunicado pessoalmente a cada ovelha,
mas, infelizmente, isso não foi possível.

Tenho compreensão de que um ciclo se completou e que meu tempo aqui chegou a seu bom termo. E eu e minha família temos a convicção de que cumprimos o que o Senhor nos chamou a realizar aqui. Sendo assim, queremos agradecer por todo carinho e honra concedidos a nós e desejamos viver dias de celebração por tudo que construímos juntos nesses 10 anos. Nosso pedido, meu e de Fabrícia, é que vocês participem da colheita de nossa semeadura nesta amada cidade e que possamos desfrutar do amor e amizade de todos vocês, agora e mesmo depois de nossa partida.

Minha oração é que Jesus, o Supremo Pastor de nossas almas, nos conduza em segurança ao fim desse ciclo e nos conceda um tempo de alegria, comunhão e serviço juntos no qual ele nos mostrará novos começos.

No amor de Cristo
Pr. Jucimar Leite

O CONVIDADO

Guilherme Kerr

Dia feliz de um rapaz
Sonho de amor da menina
Flores, cantigas e paz
Na união dessas vidas

Em meios à festa e à luz
Gente barulho no ar
Chega o amigo Jesus
para participar

Mas, de repente faltou
vinho que a festa negava
e a mãe de Jesus avisou
“eis que a bebida se acaba”

Ah! Como triste chegar
ao fim de toda a alegria
e não ter como brindar
a beleza e a poesia

Logo chamaram Jesus
E ele ordenou num instante
“encham de águas as talhas
e sirvam adiante”

E eis que o milagre se fez
A água se transformou
em vinho ainda melhor
e toda a alegria voltou