MAIORIA IRRELEVANTE

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Paulo Zifum

enquanto o mundo e o demônio ataca um ponto da verdade específica de Deus, eu não posso ficar pregando com pormenores outras partes. Um soldado não pode mostrar lealdade e ousadia num campo onde não está ocorrendo a batalha.” Martin Lutero

Capitalistas radicais, educadores ateus radicais, liberais radicais e muçulmanos radicais marcham sobre pessoas que defendem a neutralidade. Se o mundo estiver sendo ameaçado por uma ala radical do meu grupo, ou eu me torno radical e resisto ou fico quieto junto com a maioria pacífica.

Essa maioria pacífica é sempre irrelevante. Uma família, uma cidade ou um país pode ficar de joelhos diante de um grupinho (acionistas, políticos, cientistas e fundamentalistas), enquanto a maioria mantém seus portões fechados supondo estar seguros.

A Igreja Alemã durante o regime totalitário de Hitler tornou-se omissa enquanto o nazismo entorpecia o país. Imaginamos que, os pastores que penduravam a suástica no templo, pregavam a cruz na páscoa até a kenosis no natal. Falavam de tudo, menos da imago Dei. Dizer que a dignidade do judeu estava nele ser imagem e semelhança de Deus poderia causar desconforto para a congregação. Os cristãos da Alemanha nessa época tornaram-se um “sal insípido”.

A Igreja americana foi testada ao assistir o maus tratos com os negros. Com exceção de alguns pastores e políticos, a maioria era irrelevante diante da segregação racial. Igrejas de brancos eram justificadas pela crença de que Adão era branco e Caim foi, por Deus, amaldiçoado com uma pele negra. A maioria sentia pena, mas quem iria “virar as mesas e expulsar” os racistas?

Jesus era pacífico, mas tinha mais coragem que todos os generais e  gladiadores de Roma juntos. Certa vez. ele percebeu que os gentios viajavam semanas para orar no pátio externo do Templo, porém, não conseguiam devido a feirinha. A “prefeitura de Jerusalém” havia dado alvará para os judeus fazerem um comércio animado e rentável. Ninguém conseguia orar ali. E o que a maioria que frequentava o  Templo fizeram? Passavam de largo e entravam para orar com exclusividade no lugar santo. Eram irrelevantes na defesa do estrangeiro. Jesus, que sabia direcionar sua ira, cria o maior tumulto derrubando mesas e expulsando todos os vendedores, clamando: “o propósito do Templo é exclusivo para oração e vocês transformaram esse lugar sagrado em antro de comércio ilegal e abusivo”.

Se eu estivesse na Alemanha no período da segunda guerra, será que aceitaria a mídia nazista induzir-me a pensar que os judeus mereciam o desterro? Será que eu ficaria apenas escandalizado com a Ku-Klux-Kan?

A maioria nunca foi muito cristã. E ser meio cristão é irrelevante. Eu preciso caminhar sempre com a Igreja peregrina e padecente. Preciso lutar por isso, antes que eu seja maioria.

O Brasil  vive uma das maiores crises morais de sua história (pelo menos a mais midiática). Depois de um século de evangelicalismo crescente, os protestantes conseguiram visibilidade na educação, arte, música, politica e cultura. Contudo, a equação cristianismo=reino de justiça parece apresentar defeitos na matriz. Em breve, se não tomarmos cuidado, seremos a maioria.

DIA DE MARIA

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Paulo Zifum

Maria
Tem um dom
Quando deve chorar
Ela ora e apenas aguenta

Maria
Tem força, raça, gana sempre.
Tem em seu corpo a marca
A Graça de viver por Jesus nessa vida

Maria
Alguma vez te disse que não?
Que não aguentava?
Que sua fé não podia?
Que Deus falharia?

Não! Com a força que vem dEle
Maria é o Sim e o Amém!

Maria
É uma voz do deserto
Que nos alerta
Clama por Deus para os surdos
E pede que ouçam Aquele que vem

Maria
É um dom
É um som de dor e a alegria

GRAÇA QUE EDUCA

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Paulo Zifum

A graça de Deus manifestou-se salvadora a todos os homens, educando-nos” Tt.2.11-12

Ainda bem, que foi a Graça! Como seria se fosse a Ira?

A Graça nos educa nos fazendo entender qual a nossa condição diante de Deus. ela também orienta nossa relação com o próximo. O pecado causou muita distorção, nos incapacitando de ter uma noção correta de nossa realidade espiritual. Essa distorção trouxe prejuízos nos relacionamentos pessoais. Desaprendemos a viver com Deus e com o próximo. Precisamos ser educados, ensinados a viver segundo Cristo que era cheio de graça e verdade (área de tensão e desiquilíbrio no mundo: graça sem verdade, verdade sem graça ou ausência das duas).

A condição real do ser humano é que ninguém merece nada. Não compreender essa verdade causa um retardamento na educação. Quando nos agarramos no mérito, direito ou justiça própria,  levando essas coisas para a base e sustentação da vida,  nos tornamos “escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja e ódio” (3.3).

Foi esse o caso do Filho Pródigo que, se achava tão digno que tomou sua herança antes do tempo. Essa história retrata a humanidade que se acha dona de terras, recursos e pessoas. Porém, esse mesmo filho veio a compreender que não era digno de ser chamado de filho (Lc.15). E foi essa confissão de indignidade que possibilitou a experiência de desfrutar da graça do pai. Ele seria recebido da mesma forma, mesmo sem estar arrependido. O problema é que sem a consciência do pecado não há como desfrutar do amor do Pai. O banho, a roupa, o anel, as sandálias e a festa não fazem sentido.

Muitos filhos só voltaram para casa porque estavam derrotados. Ainda não sentem tanto por seus pecados. Se acham vítimas da inveja, do encosto ou do demônio. Acham que merecem uma segunda chance. Também, a exemplo do irmão mais velho do Filho Pródigo, é possível estar na Igreja e não conseguir ver motivos de festa. Esses ainda não entenderam o Evangelho que ensina o amor incondicional de Deus por meio de Jesus.

E Paulo diz novamente: “se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt.3.4-5)

A Graça, além de nos educar sobre nossa condição carente diante de Deus, também orienta nossa relação com o próximo. Partindo da premissa de que não merecemos nada e ninguém merece, nossa visão das pessoas é redimida para um estado de graça. Qual a base para tratar as pessoas? Paulo começa o capítulo 2 dando diversas recomendações para diversas classes socais. Essas orientações possuem um fio comum que as costuram no princípio da graça. A prática da obediência, da vida em favor do outro, o respeito pelo outro, respeito pelos bens do próximo, são virtudes destacadas como a nova educação dos cristãos que antes viviam em “paixões mundanas” (2.12), num comportamento “néscio, desobediente, desgarrado” (3.3). Agora a Graça educa a uma vida “sensata, justa e piedosa”. Foi que ocorreu com Zaqueu, que entendendo a graça, quis reparar o dano causado ao próximo. Ele quis corrigir sua vida egoísta que não considerava os pobres (Lc.19). A graça educou mesmo aquele baixinho!

Por meio do Sermão do Monte e parábolas Jesus ensinou como o cristão deve ser gentil e serviçal. A relação até com os inimigos deve ser graciosa. Mas, nem todos compreenderam essa Maravilhosa Graça e são pegos pelas câmaras de segurança do Senhor (Mt.18.23). Frequentemente somos flagrados agindo de modo impaciente ou rude com as pessoas, e isso prova que ainda vivemos com base no mérito, que ainda não fomos educados na graça. Pegar alguém que falhou conosco e cobrar é algo perigoso, pois o Senhor não manifestou sua graça a nós em vão. Ele deseja que seu favor, amor e perdão sejam retribuídos a quem precisar.

Mas os que não estão matriculados na Escola da Graça cursam a Faculdade do Legalismo: Escreveu Não Leu o Pau Comeu. O legalismo é um apego às regras que desconsidera as pessoas e seus contextos. Jesus corrigiu essa distorção ao dizer que “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”. Não significa que o homem é o centro das coisas e está justificado em tudo. Deus é quem decidirá se manifesta graça ou juízo. Nós, devemos por gratidão, mostrar sempre graça. Devemos fugir do legalismo, do julgamento do outro ou pagar o mal com o mal.

A Graça de Deus se manifestou a todos, mas nem todos a desfrutarão. Felizes são os que conseguem compreender essas coisas, segurar nas mãos do Senhor e deixar-se educar. Felizes os que reconhecem de verdade que não merecem nada, nem um “like” sequer. E aceitam o amor de Deus e seu beijo amoroso ao dizer: “meu filho voltou, estava morto e reviveu, perdido e foi achado”. Felizes os que conseguem viver na Igreja contentes com a Graça, apesar da Igreja nem sempre oferecer essa Graça. Felizes os que aprenderam a orientar seus relacionamentos em casa ou fora com base nessa Graça. Tratando as pessoas com paciência e ternura porque são preciosas.

Eu ainda sou meio azedo, legalista  e um pouco descuidado, mas estou matriculado na melhor escola desse mundo. Minhas notas são baixas e fico de recuperação muitas vezes, porém, Ele me disse: “minha Graça te basta”.

*Foto: Um pai, ao levar sua filha ao altar do casamento, decidiu chamar o padastro que ajudou a criar a filha. O fato emocionou o mundo. http://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/pai-interrompe-casamento-chama-padastro-da-noiva-e-emociona-com-entrada-a-tres

 

FALO BAIXINHO

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Paulo Zifum

Falo aqui, baixinho. Secreto e triste. Falo com Deus, de mim, de meu homem do subterrâneo. Explico como as coisas funcionam, que, na verdade, não. Ah! Senhor! Eu sou honesto e triste! Queria ser diferente, mas deixo a desejar. Querem tomar em mim um pouco de alegria, mas nada tenho. Sou um desperdício. Ah! Senhor! Escuta o chiado. Enguiço bem na hora de ser feliz. Ai! Que vontade de chorar!

 

ELA VEIO ME VER

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Paulo Zifum

Outro dia ela apareceu. Cheia de charme. O preto lhe cai bem. Pensei que estava séria, mas, não. Era só mais uma de suas brincadeiras de espantar. Veio só acenar. Só para lembrar. Reclama que fica esquecida.

Veio à noite no meu quarto. Coloquei a mão no peito. Senti que ia me abraçar. Mas, não. Só queria conversar. Falar dela e coisas afins. Porém, falei mais de mim, do seguro, da viúva e filhos. Rimos sobre o transtorno do funeral. Um embaraço.

Ela se foi. Faz uns meses que não aparece. Não sinto falta.

 

FICO COM O DÍZIMO

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Paulo Zifum

O dízimo ainda é um assunto polêmico. Algumas igrejas discursam para “cobrar o dízimo”, outras pedem para “devolver o dízimo”, enquanto um grupo prefere ensinar apenas “dar oferta” como o ideal do Novo Testamento (não se regula a disposição do coração). Dinheiro é um assunto que ficou no nervo central do ser humano. Radical, o dinheiro é assim: ou você domina ou é manietado. Pessoas, famílias e nações se portam quietinhas até o assunto monetário aparecer com oportunidades.

O dízimo (10% de toda a renda) era uma razoável regulação fiscal da nação de Israel, cuja finalidade era a manutenção do centro religioso que envolvia o sustento dos sacerdotes e o subsidios para cobrir os custos do Templo. Israel era uma nação cuja vida civil e política estava organizada em torno do Culto a Jeová. O que significa que todas as leis tinham fundo moral voltado para a devoção a Deus.

Essa devoção, segundo o 1º mandamento tinha de ser exclusiva. As leis desafiavam o coração de qualquer um. Dentre as leis mais difíceis, como a do sábado e a do perdão, estava a lei da contribuição material para a causa cultual. Numa sociedade materialista, pagar impostos para financiar o contato com o divino é impensável.

O dízimo era uma espécie de declaração do imposto de renda. A Casa do Tesouro (o Templo) não tinha serviço de malha fina para investigar os ofertantes, entretanto, era corrente entre os israelitas que Deus punia os sonegadores. O profeta Malaquias disse: “vocês estão roubando a Deus nos dízimos e  nas ofertas”. A tentação de reter o dízimo e mentir, ofertando menos, era grande. Deus não colocaria uma regra se não soubesse que o coração humano é corrupto.

E qual a função educativa do dízimo? 

Quando o assunto é “mexer no bolso” o ser humano fica indisposto. O dízimo era uma maneiras de proteger a nação da cobiça e avareza. O dinheiro pode tornar-se um senhor e escravizar as pessoas. A obediência do dízimo poderia ser um modo de evitar o apego  excessivo. E, além de fortalecer a imunidade contra o materialismo, a prática do dízimo era importante para manter a fé. Israel não poderia perder a noção de dependência de Deus. Para os mais pobres, dizimar sempre foi um desafio da confiança em Deus, uma vez que os 90% restantes não trariam a solução para todas as demandas. Dar o dízimo era um ato de fé. Ora, a falta de confiança em Deus sempre estava por trás da quebra das leis.

Dízimo hoje

Não há sinal de evolução na humanidade. Os homens continuam com enormes dificuldades para viverem livres de apego material. Ainda hoje, precisamos de regras que contenham toda nossa cobiça.

O dízimo nunca foi o ideal. A vontade de Deus para nossa relação com o dinheiro pode ser encontrada em Atos 2 à 5, onde a generosidade e a bondade superam os parcos limites do dízimo. Enquanto o ser humano não for livre, precisará de regras para lembrá-lo de que o dinheiro é um meio e não um fim em si. A lembrança de 10% cria uma fronteira tênue entre a fidelidade a Deus e o amor ao dinheiro (Mamon). O dízimo pode ser um teste para o coração.

Se alguém disser que o dízimo não deve ser ensinado hoje nem ser padrão na Igreja do NT, concorde. O padrão do NT é muito elevado. A prática de oferta no NT exige muito mais fé, mais entrega e mais sacrifício. Se alguém perguntar: Você fica com o dízimo ou retém a oferta? Procure responder com honestidade e humildade.

Eu não sei você, mas eu ainda preciso de regras (rudimentos) para conter meu amor pelo dinheiro. O dízimo é um ponto de partida, um bom começo para desenvolver um coração generoso e confiante.

JESUS E MARTA

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Paulo Zifum

Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa” Lucas 10:38

Liderança tinha Marta, e tino para administrar as coisas. A imagino igual a famosa mulher de Provérbios 31. Uma mulher com visão. Hospedar o mestre e seus discípulos era um valor que Marta que não deixaria passar. Mas, parece que, além de cuidar de Jesus, nossa empreendedora tinha outras obrigações.

Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra.
Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude! ” Lucas 10:39,40

Talvez era a irmã mais velha. Maria talvez, tinha aquele temperamento como de uma “linda mariposa”, apegada às palestras, música e arte. Ou, não. Marta é que poderia ser uma workaholic sem saber dar um feriado para os negócios.

Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;
todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”Lucas 10:41,42

Imagino a cara de Marta! Se fosse hoje, ela estaria com o celular na mão mandando mensagens no whatsapp. Ela deve ter se recolhido e pensado sobre as coisas desnecessárias. Marta não era uma mulher fria e sem interesse espiritual. Era fervorosa e de muito discernimento. Podemos constatar isso no Evangelho de João capítulo 11. O diálogo entre Jesus e Marta é profundo. Ela tinha revelação do Senhor e, garanto, eu não saberia dizer aquelas coisas. Marta era mesmo a versão solteira da mulher de Provérbios 31.

Mas… quem disse que ela não era casada?

 

QUEM VOCÊ É NO CASAMENTO?

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Paulo Zifum

Para os cristãos, as Bodas do Cordeiro é o evento mais esperado. A Igreja (reunião dos filhos de Deus cujo fenômeno é observável sociologicamente) é a Noiva que foi prometida em casamento para o Filho de Deus. Essa é uma alegoria forte que orienta a relação de compromissos e fidelidade entre o Senhor e seu povo na terra.

Tomando a festa de casamento como o evento para o qual todos os cristãos estão direcionados, encontramos aplicações curiosas como a de João Batista (Jo.3.29). Ele é chamado de “amigo do noivo”. É incrível como algumas pessoas alcançam esse nível de maturidade cristã. Cuidam dos interesses do Noivo, trabalham para que a Noiva seja preservada e zelam para que entre na festa o mais bela possível. A alegria da vida dessas pessoas está concentrada no bem estar da Noiva e na felicidade do Noivo. Passam a vida arrumando tudo para as Bodas. Esquecem até que são Noivas também. Talvez, sejam as pessoas com as quais o Noivo mais deseje encontrar.

 

 

SENTIMENTO DE PAI E MÃE

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Paulo Zifum

Quando o assunto é a felicidade dos filhos, nós, pais, ficamos ansiosos. Deus deve compadecer-se. Até ateus devem fazer orações diante de um filho com dificuldade de ser feliz. Quando estamos impotentes, chegamos até a porta do quarto deles e suspiramos. Podemos fazer tudo certo, mas o namoro deles pode ser perigoso. Podemos ser bons amigos, mas eles sentem medo do futuro. Dizemos que tudo vai se encaixar, mas vamos dormir fora do compasso. Podemos dar tudo, mas eles podem sentir um vazio que jamais poderemos preencher.

O que sentimos é amor. Um amor que muitas vezes não pode ser explicado e nem sempre reconhecido, por ser coisa profunda e confusa. Desconfiamos que a frase “é para seu bem” pode ser nosso modo de se sentir bem. A paternidade é um grande desafio de honestidade.

A fase dos filhos pequenos é um tipo de autoescola. A adolescência é o exame. Alguns pais precisam fazer prática de novo. Paternidade é como dirigir. O trânsito pode fluir ou pode congestionar e ser perigoso. Pensamos que algumas pessoas jamais deviam ter habilitação.

A verdade é que, mesmo  passando bem pela adolescência, nos sentimos inseguros até com os filhos adultos. Continuamos a cheirá-los levantando os braços para ver se estão felizes. Continuamos preocupados. Estão conseguindo realização na vida? Estão bem de saúde?  Estão livres de vícios? Mantêm a fé em Deus?

Deus deve observar os pais e socorrer com dó. Ele sabe que a maior dor  é aquela que vem na infelicidade dos filhos e que os recursos de um pai e uma mãe são limitados. E Deus entende muito bem o ressentimento que surge quando os pedidos não são atendidos. É difícil ver um filho enfermo. Os sentimentos são esmagadores.

Mas, os sentimentos de alegria são maravilhosos. Ver a felicidade dos filhos é um vislumbre do Céu. Ver uma filha feliz em seu novo lar, um filho realizado no seu trabalho e ouvi-los falar de coisas boas é uma experiência única. A alegria de um filho é como uma autoestrada para o paraíso.